História

História da Avenida Paulista

Quando foi inaugurada, em 8 de dezembro de 1891, a Avenida Paulistanão tinha ainda uma única construção. O que se via eram diversos terrenos uniformes, rodeados por uma cerca de arame de três fios, calçadas e duas pistas, ladeadas por árvores como magnólias e plátanos. Ali circulavam bondes puxados a burro, tílburis, cavaleiros, carruagens e até uma bicicleta primitiva. Era a avenida mais larga e imponente da cidade e a primeira inteiramente planejada e destinada a um fim específico: ser elegante. E mantém esta qualidade até os dias de hoje.

A criação da Paulista partiu da idéia de se formar um eixo sofisticado, voltado para a burguesia endinheirada da cidade, capaz de enfrentar os altos preços dos terrenos e das construções. São Paulo já contava com cem mil habitantes.  O idealizador foi Joaquim Eugênio de Lima, um uruguaio, formado em agronomia na Alemanha, residente em São Paulo e casado com uma brasileira. O lugar escolhido foi o chamado espigão central, que corre na direção do morro do Jaraguá, e com boa parte recoberta por mata virgem, o Caaguaçú.

Primeiras construções

Vieram as primeiras casas. O dinheiro então se baseava na agricultura e no comércio. Foram fazendeiros e negociantes os primeiros a tomar conta da avenida. As culturas eram díspares, havia desde novos-ricos até a nobreza cafeeira, e isto se refletia nos estilos que em poucos anos preencheram a Paulista: florentino, neoclássico, mourisco, o classicismo francês, o academicismo e, inclusive, belos exemplares da art-nouveau. Bizarras às vezes, sóbrias demais outras, apoteóticas, exageradas, suaves, confortáveis, as mansões refletiam fantasias e sonhos, de proprietários e arquitetos.

Casas e casos

“Em 1895, segundo conta Benedito Lima de Toledo, é erguida a célebre mansão Von Büllow, pelo arquiteto Augusto Fried, responsável por diversos projetos na avenida. 
Em 1903, uma casa destinada a ficar na história da arquitetura, como a primeira art-nouveau, e a mais bem-acabada: a residência de Horácio Sabino, de autoria de Victor Dubugras, um dos mais conhecidos arquitetos da época. Localizava-se onde está hoje o Conjunto Nacional. Também de 1903 é a Vila Fortunata, na esquina da Rocha Azevedo; parte do jardim subsiste ainda. Este foi o ano da construção da Anglo Brazilian School, mais tarde comprada pelos jesuítas e transformada no Colégio São Luís. A capela, na esquina da Bela Cintra, data de 1943.

Visões e glamour

Antes do final do século, o paisagista francês Paul Villon foi chamado para organizar o Parque da Avenida (Trianon). Mas o belvedere diante dele, com vistas para o então Vale do Saracura – hoje Nove de Julho – foi projetado por Ramos de Azevedo e inaugurado em 1916. Foi um ponto que atraiu toda a sociedade paulistana. Não havia visitante estrangeiro que, chegando à cidade, não se maravilhasse com a Paulista. Foram deles as primeiras manifestações de espanto diante da avenida: “magnificent”, disse Marie Wright em 1907. E, entre muitos outros, o francês Gaffre registraria em 1913: “Esplêndida Paulista, a qual eu não saberia senão comparar com certas avenidas de Nova York”. Era um boulevard localizado privilegiadamente. À esquerda, a visão chegava ao rio Pinheiros, à direita abrangia todo o centro histórico e além até a Cantareira. No final, as colinas do Pacaembu.

Na Paulista eram realizadas corridas de automóvel e onde acontecia o corso de carnaval. Firmava-se a tradição, mantida até hoje, de uma rua ligada a manifestações. Na altura dos anos 30, a avenida estava pronta,em total funcionamento. Já era um símbolo de São Paulo que atraía pelo dinheiro, vida intelectual, sociedade. Em 1938, ela é cortada pela Nove de Julho, que passa por baixo.

Ousadia
Muitas polêmicas foram levantadas, discutindo-se a legitimidade da arquitetura. Mas a verdade é que a avenida foi vitrine fiel do seu tempo, espelhou gostos, culturas, influências, estilos, assimilações da sociedade vigente. Havia o kitsch despropositado, mas se viu também bom gosto. Com suas torres, minarete, terraços, varandas, colunatas, ferro rendilhado, vitrais, florões, telhados de ardósia, representava fantasias, mas também experimentações, adaptações e criatividade. Alguns dos mais importantes arquitetos do início do século atuaram na Paulista. Mas há legitimidade indiscutível: o marco que a Paulista significou e o impacto.

Primeiras mudanças

Ela viveu, depois dos anos 30, mudanças periódicas. Os bondes elétricos – os puxados a burro foram logo substituídos - no início percorriam toda a extensão. Duas linhas: a Angélica, de número 36, que subia a Vergueiro, descia a Angélica, ia à Praça do Correio. E o Avenida, 3, aberto, com o cobrador andando pelo estribo. Subia a Brigadeiro, descia a Consolação. A linha Jardim Paulista cruzava a Paulista, descendo a Pamplona. Tentou-se, fins de 60, começo de 70, construir-se uma avenida subterrânea. Desistiu-se da idéia, mas a Paulista foi alargada, os jardins comidos pela metade. Os vazios embaixo foram reaproveitados depois para o metrô. As transformações se operavam em larga escala na sociedade. Houve o crack de 29, o fim da era dos reis e barões do café. A industrialização se acelerou. A cidade inchou com a urbanização. A fisionomia da Paulista refletiu cada passagem.

Verticalização
Começam a cair as primeiras casas, sem discussões. Outras ficam fechadas. Erguem-se edifícios residenciais. Vem a especulação imobiliária, a Paulista se verticaliza. Em 1952 levanta-se o prédio Anchieta, entre a Consolação e a Angélica. Em 56, o Conjunto Nacional, misto residencial e comercial, antecipando-se à febre futura dos shoppings. Os bancos deixam o centro, deslocam o ponto de decisões para a Paulista. Restaurantes e cinemas acompanham, a vida social sofre uma alteração. Advogados, médicos, consulados, adotam a avenida. A década de 60 foi marcada pela presença do Masp, o máximo em arquitetura moderna, projeto de Lina Bo Bardi. Anos 70, a Paulista sofre um processo desgastante: com a valorização dos terrenos e a ameaça de tombamentos das mansões pelo patrimônio histórico, surge a ação desesperada, vandálica-demolidora. Tratores noturnos avançam sobre os casarões, tornando-os semi-arruinados, para impedir o tombamento.

Velho e novo

O anos 80 foram marcados pelos maciços imponentes, como o Citibank e o Safra. Os anos 90 surgem sob o signo do metrô. A Paulista tem agora tráfego aéreo, terrestre e subterrâneo. E o edifício Parque Cultural talvez surja como o símbolo de uma nova mentalidade, ainda que meio tardio. O espigão em vidro não sacrificou a Vila das Rosas, que foi residência deErnesto Dias de Castro, projeto do escritório Ramos de Azevedo, em 1930. Hoje, Casa das Rosas. O vidro espelhado reflete a Paulista à sua volta e o o edifício ao mesmo tempo que contempla, também reflete a Vila, como se pensasse sobre o seu passado. Sabedor que a Paulista, como a cidade, tem uma característica a mutação, a troca constante de pontos de referência. A Casa das Rosas refletida no prédio pode querer dizer que o novo não precisa cancelar o velho, pode conviver em harmonia, desde que ambos sejam a beleza.

Avenida dos 3.818 Passos

A Avenida Paulista começa num cientista e termina num general. Ela vai da Praça Osvaldo Cruz à Praça Cordeiro de Farias. Também, pode-se dizer que ela que começa no paraíso e termina na consolação, ou, ainda, se inicia num índio e termina numa lâmpada, um círculo imperfeito com pouco verde. Durante anos, ele esteve no centro da praça (desde a década de 20), todavia modificações no trânsito o empurraram para o lado e foi gradeado. È um índio pescador (escultura de Leopoldo Silva), mas a lagoa artificial onde ele procura peixe, há muito está seca, cheia de lixo. Alusão à poluição dos rios brasileiros? A lâmpada é o monumento de concreto e neon que os comerciantes da Consolação, especialistas em lustres e luminárias, erigiram no cruzamento das duas ruas. Além da lâmpada, a Paulista tem pouca vida, apenas duas quadras curtas, à direita. Logo se entrega às baixadas do Pacaembu. Tivesse um pouco mais de fôlego, morreria aos pés da casa onde nasceu Chico Buarque de Hollanda.

Ruas e mais ruas

Não existe o número 1, a avenida começa no 7, Edifício Rosa Freire, gêmeo do Itaú. A numeração ímpar corre pela esquerda, a par pela direita. Teremos por este lado 19 cruzamentos, contra 15 do outro. Algumas ruas à direita não dão travessia. Este lado termina praticamente na Consolação, por causa do trevo que conduz à Doutor Arnaldo. Há ruas que cruzam, mas mudam de nome, como a Maria Figueiredo que se tornaCarlos Sampaio, ou é Carlos que vira Maria? E a alameda Casa Branca que vira Professor Otávio Mendes. A Consolação cruza, em teoria, mas o trânsito tem que dar uma volta. Da Paulista para baixo em direção aos Jardins a Consolação deveria se chamar Carlos Drumond de Andrade, mas os comerciantes recusaram o projeto. De qualquer modo, a poesia está presente. Para se entrar na Paulista, vindo pela Consolação, é obrigatório passar pela Vinícius de Morais, um contorno repleto de grafites.

Destas quadras, a mais longa é a que vai da Praça Osvaldo Cruz à Rua Teixeira da Silva. Para percorrê-la são necessários 391 passos de um homem médio. A quadra mais curta é a última, entre a Angélica e Minas Gerais, apenas 94 passos. De praça a praça, a Paulista pode ser percorrida em 3.818 passos. Uma caminhada normal exige aos menos 64 minutos, para se poder olhar alguma coisa, contando paradas em sinais. Algumas quadras são ocupadas por um edifício só: o Conjunto Nacional impera entre as ruas Augusta e Padre João Manuel, Paulista e Alameda Santos. O Masp estende seu domínio da Professor Otávio Mendes à Plinio Figueiredo. Dali se tem belíssima visão para os lados do centro velhos. No mesmo local estava o belvedere do Trianon. Aos domingos, o espaço – vão livre do Museu com 74 metros – é ocupado pelos antiquários. O Banco Real acomoda-se entre a Alameda Rio Claro e a Itapeva. O Colégio São Luís foi soberano entre a Haddock Lobo e a Bela Cintra, mas cedeu uma parte e reconstruiu a escola afastada da Paulista, conservando somente a capela.

Refúgio verde

No Trianon, que ainda conserva vegetação original, temos duas quadras de verde e sombras: 48.624 m². O som do trânsito pesado entra amortecido. O cheiro da terra úmida, folhas podres e verdes é forte. A temperatura decai sensivelmente. Bicas de água em pedra, ponte de madeira, play-grounds, caminhos para se andar a pé; refúgio. As árvores são identificadas pelos nomes científicos. A madeira das que morrem é aproveitada para bancos e mesas que trazem inscrições didático-ecológicas ou versos populares. Pela manhã, o Trianon é ocupado pelas crianças e babás. Na hora do almoço, namorados vindos dos escritórios buscam a intimidade de bancos escondidos, o mato oculta muita sensualidade. Estudantes aproveitam a fresca, há escolas por perto, o Dante Alighieri e o cursinho Objetivo. O final da tarde traz os aposentados, sempre os mesmos, alguns freqüentam o parque há mais de vinte anos. Às seis, o Trianon fecha, está envolvido por uma cerca, violence-oblige.

Nomes e apelidos

A inventividade ficou ausente no batismo dos edifícios. Há muita nobreza ocupando, ironicamente, a esquerda: 21, Queen Elizabeth; 171, Dom Pedro I de Alcântara; 575, Barão do Ouro Branco; 1159, Barão do Serro Azul; 1471, Barão de Christina; 1499, Conde Andrea Matarazzo; 1745, Baroneza de Arari; 2001, Barão de Itatiaia. Encontramos os santos: Emília, 491; Miguel, 638; Filippa, 688 e Saint Honoré, 1195. Mulheres:Maria José, 326; Regina, 568; Silvana, 639 e o Três Marias, 2239. Japonês: o Asahi, 1247. Um único prédio lembra uma designação histórica da Paulista, o Parque Avenida, 1776.

Em geral, os nomes homenageiam construtores, como o Mofarrej, ou presidentes de entidades, como Theobaldo de Nigris (Senai) ou Luís Eulálio de Bueno Vidigal (Sesi). O Savoy, no 810, conserva externamente as linhas que fizeram dele um dos mais sofisticados do seu tempo. Tem coberturas com jardins. O hall de entrada ostenta ainda o lustre de cristal. A piscina elevada cedeu lugar ao estacionamento. Ali foi nos anos60 a Maison Dener.

O povo conhece grande parte dos edifícios pelos apelidos provocados pelas formas ou revestimentos: o Mofarrej é o “prendedor de roupa”. O Eluma, de granito negro, é “mausoléu”. O Safra é o “Alcione”, alusão à cantora também chamada Marrom. O Sesi é o “ralador”. Nem o Masp escapou, é a “cristaleira”. O Citibank é o “tudo azul”.

De Cacilda Becker a Burle Marx

A história do teatro brasileiro tem uma parte morrendo nos altos do Baronesa de Arari, autêntico cortição em plena avenida. O apartamento de cobertura pertenceu a Cacilda. Ali onde viveu a primeira dama do nosso teatro, havia uma salinha de espetáculos para cem pessoas, onde autores novos foram lidos e consagrados e muitos sucessos ensaiados. Na esquina da Frei Caneca, projeto de Rino Levi, onde está o Banco Itaú, há um verde histórico e valioso: os jardins suspensos projetados por Burle Marx. No hall do Três Marias, esquina da Haddock Lobo, um prédio de luxo em sua época, há uma placa homenageando o zelador Aleixo Rodrigues. O Dumont Villares, ao lado do Masp, que competiu com o Savoy em elegância, mostra, na entrada, a que foi reduzido: espelhos manchados, lustre de madeira dourada em pedaços, tapete esgarçado.

A cara da Paulista

A disputa pelo majestoso levou a uma competição variada na escolha dos revestimentos. Há granito, aço, concreto aparente, alumínio, pastilhas e muito vidro. Prédio moderno sem vidro perde status. Vidros verdes na Caixa Econômica Federal, marrons no Banco do Brasil, negros em quase dez prédios, azuis no Citibank. O Safra optou pelo marron róseo, o Eluma pelo negro. Os desenhos mais originais correm por conta da Fiesp (Sesi), do Banco de Tóquio. Um remanescente do Kitsch de Artacho Jurado, dos anos 50, sobrevive no Saint-Honoré. A vantagem é que todas as varandas possuem jardineiras com plantas. Na esquina com a Haddock Lobo, tiveram a audácia de construir um edifício baixinho, num terreno valioso. Às vezes, a estética vence a especulação.

Vacina

Não se vai à Paulista somente para ver como está sendo administrada uma conta bancária. Uma simples mordida de cachorro também obriga ir lá, para tomar vacina no Instituto Pasteur. Crianças das imediações jogavam bola na praça ladrilhada do Cetenco, esquina da Rocha Azevedo. Domingo é um dia bom, pela manhã, para o cooper ou a bicicleta, pela calçada-quase-calçadão. O espaço é livre, a poluição reduzida.

Paulista onde se nasce, vive, trabalha, diverte, cura e se morre. Há maternidades e hospitais.  Duas sinagogas, uma na Bela Cintra e outra na Antonio Carlos. Ainda no chamado “raio de ação” da avenida podemos incluir o Instituto do Coração, o Hospital das Clínicas, o Emílio Ribas, a Faculdade de Medicina e dois cemitérios. Na esquina da Brigadeiro há uma gafieira, o Cartola Clube. Há cinemas e teatros. Avenida que esconde em seus desvãos uma infraestrutura de pequenos salões de beleza, barbeiros, camiseiros, alfaiates, vídeo-locadoras, máquinas para fotos instantâneas, despachantes, plastificadores, xerox, lojas de roupas e sapatos, encanadores, chaveiros, casas de pão de queijo e pastel, sucos e vitaminas, lotéricas. A vida na Paulista engloba o que ocorre nas paralelas e transversais, toda a existência é interligada, vasos e artérias comunicantes, dia e noite. Ela não fecha nunca, sendo que as horas noturnas e a temperatura são comandadas pelo relógio luminoso no alto do Conjunto Nacional, visível de qualquer parte da cidade e de algumas estradas.

Avenida que tem uma “prainha” (esquina da Eugênio de Lima), onde o chope é tomado ao cair da tarde e nos finais de semana, ponto obrigatório depois do trabalho. Onde os estudantes se reúnem nos degraus do curso Objetivo, como uma plateia a desfrutar o espetáculo da avenida. Ponto de encontro no Top Center.

Curiosidades

Há os engraxates do Conjunto Nacional, semelhantes aos de qualquer praça do interior. Um deles era famoso por cuidar de todos os gatos que apareciam. Quando algum animal morria, ele enterrava no canteiro, debaixo das quaresmeiras. Homem que de vez em quando se punha a uivar, em plena tarde. Na esquina da Rocha Azevedo, há anos, a dona do pedaço era uma velha sempre limpa e de lenço na cabeça, valente e brigona. Outro mendigo bem trajado era um senhor que parece ter vergonha de pedir. A lenda sobre ele diz que era rico, tinha casas, terrenos, poupança. Perto da Bela Cintra costumava estar uma mulata magra que jamais estendeu a mão. Parecia ignorar todos em volta. Fumava continuamente, sentada no chão, e cospia higienicamente dentro de um saquinho. À tarde, apanhava um espelhinho, o baton e, cheia de maneirismos vaidosos, se arrumava.

E o louco da ilha? Andava com passos miúdos, como se estivesse fazendo medição, e arrastava um cobertor, indo de um extremo ao outro da avenida. Sem esquecer a velha dos cinemas, a que pulava de uma sala para a outra, sem parar. Falava o tempo inteiro durante a projeção, dialogando com os atores, discutindo, xingando ou agradando. Conhecia todos pelo nome, era informada, vivia uma relação particular com o filme e detestava ser incomodada. Se alguém reclamava que ela estava perturbando, se enfurecia, gritava, insultava, agredia. Nunca se soube quem era e como vivia.

Aqui tudo acontece

Paulista onde se corre a São Silvestre no último dia do ano. Depois da corrida, o espaço é de todos para a festa de Reveilón, com milhares de pessoas brindando, ouvindo, dançando e assistindo aos fogos de mais um novo ano. A avenida onde tudo acontece mostra sua vocação para a diversidade. E abraça a colorida Parada de Gays Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros (GLBT), a maior do mundo. Um domingo de muitos trios elétricos e milhares de pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo, acelerando ainda mais a alegria e a nossa economia. Mas tem, também, um tempo mais reflexivo, apesar da efervescência cultural. A Paulista se abre para o Corredor Literário, saciando a fome de pequenos e grandes leitores.

Onde tudo acontece e se determina, coração financeiro, símbolo. Passado e futuro se mesclam e perdem contornos, o tempo explode seus limites, épocas se cruzam, destinos se marcam.

FONTE

Livro: Paulista Símbolo da Cidade
Projeto Editorial: Ricardo Ohtake
Texto: Ignácio de Loyola Brandão
Banco Itaú – 1990

desenvolvido por Br3 comunicação